sgar
Sabes, estou perdida...
Como se as pernas não pertencessem ao tronco e a cabeça nem sabe o que coordenar. Os braços gesticulam cegos, da boca brotam palavras soltas que não sei de onde vieram, nem o que querem dizer. Depois são as pernas que sacodem o corpo inerte, levam-me numa espécie de sonambulismo para os lugares que me esperam.
Há sempre alguém que me espera. Pergunto-me se eu também esperarei alguém.
E nesse momento, sacudo o tempo de ausência, para refugiar-me no teu colo, dentro da cabana junto à praia, com a chuva a cair violenta lá fora e a minha boca a percorrer suavemente o teu pescoço.
estou farta desta palavra sacudida para o meu ecrã. quem é que ela pensa que é para me perseguir??